terça-feira, 24 de novembro de 2009

Seres inacabados...


Surgimos!
De onde viemos já não importa tanto assim, claro existem lá os laços maternos, o cordão umbilical aquela coisa toda, não podemos tapar o sol com a peneira e dizer que você já não tem nenhum vinculo com sua mãe, seja ela biológica ou adotiva.
Mas você esta “pronto” ou quase pronto, só falta agora interiorizar algumas coisas...
Aprender a atravessar a rua, a andar de bicicleta e tal.
Você esta pronto, tem duas pernas, dois braços, um pulmão pra encher do que bem entender, um belo par de olhos pra enxergar tudo que se alcança, vem ate com um cérebro mal aproveitado pra pensar no que der na telha.
Quer dizer... Basta você fazer suas escolhas, nem o amiguinho da escola, nem o papai nem a mamãe e nem o estado pode ou deve saber o que é realmente melhor pra você. No fundo é você quem decide acatar ou não um conselho.
Podem assoprar no seu ouvido baixinho, dizer que você é lindo ou linda ou dizer que esta cheiroso, mas você sabe disso, pois esta sentindo, podem lhe dizer que o fogo queima mas não podem opinar se você deve ou não se queimar.
Então tudo esta em suas mãos, e nada no outro, nasceu sozinho, tem o poder sobre seu corpo, não precisa de mais ninguém, pois é apenas um único individuo, um único ser, você não é e nunca vai ser dois, não nasceu grudado, não vai levar ninguém consigo quando morrer.
Você come quanto quer, sacia sua sede com a quantidade de água exata, para quando quer parar. Você não pode pedir... Hei você ai, toma um copo d’água ai pra mim por favor. Certo?
Então porque essa busca incessante pelo outro?

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Você olha um outro o ser de todos os ângulos e aquilo te agrada, fisicamente, intelectualmente, moralmente e ate carinhosamente.

Mas e daí? Você é você e o outro é o outro.
Um não precisa do outro.

Mas existe uma coisa, por traz do sorriso, por traz de uma cara amarrada, por traz de uma barba mal feita, e um jeans surrado, por trás de algumas horas de atraso, por traz de um batom e uma maquiagem maquiavélica, chamada de essência, impossível de ser enxergada a olho nu, impossível e indecifrável.

É sua essência, a sua matéria prima, aquilo que não é hereditário, que a cor da sua pele ou seu tom de voz não interfere.
A busca de um pelo outro se dá pela essência, você já não se importa pelo modelo do frasco ou pelo design da caixinha, o que lhe interessa é o perfume, a caixa vai mudar, o vidro também, o cabelo também o jeito de falar, de vestir, de calçar, a modernidade e as propagandas vão mudar seu tom, suas roupas, mas não vai conseguir mudar sua essência.
E a individualidade acaba, quando você decifra não a sua, mas sim a essência do outro.

Embora ainda a sua essência você ainda não conheça, mais conhecer a do outro te completa.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Desemprego ?


Segue aqui, um, e porque não dizer, talvez o mais agravante dos problemas sociais.

O desemprego.

Motivo direto pela desestrutura do berço familiar.

Pois o emprego é à base da receita bruta familiar, essa embora desprovida de outros recursos esporádicos, como por exemplo, uma herança ou um prêmio da mega-sena.

(Quem dera acumulada)

Ele ainda assim, abala psicologicamente o ser humano, principalmente quando se trata do “chefe de família”, titulo este aplicado hoje em dia, tanto ao homem quanto a mulher.

Ambos têm por obrigação “moral”, ter um emprego e consequentemente um salário para o sustento da família.

A necessidade faz com que, independa a origem do salário, mas que ele venha de qualquer forma.

Aquilo que se gosta, já não é aquilo que se busca. E aquilo se busca, se te confortar, você acaba gostando. (jeitinho brasileiro).

Mas o desemprego não atinge somente, pai e mãe, e sim toda a hierarquia familiar, desde o chefe, aos subordinados filhos adolescentes, que por sua vez necessitam contribuir com suas parcelas nas despesas da casa e ainda se manterem visíveis no meio em que vive. (Ter o tênis que passa na tv, ou os óculos da mocinha da novela )

O desemprego por sua vez, encarado como problema social não deve ser confundido com a “falta de emprego”, este segundo já seria problema individual.

Pois vimos que na verdade que existe vaga, para a grande maioria, mas exige uma mão de obra qualificada.

O que rege ainda é a lei da oferta e procura a quantidade de vagas ofertadas não condizem com as qualificações dos candidatos, estas variações seguem entre: aptidão física, interesse ou desinteresse, ignorância e experiência.

A vaga existe, e o despreparo o acompanha.


quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Uma vez de cada.


Ta na hora de deixar de ser prego, pra ser uma vez martelo.

Talvez nem tanto assim, ter essa sede de ser martelo, o importante na vida é acordar e deixar ser prego.
Deixar de ser atingido e ficar mudo, ficar ali parado, esperando a outra pancada que cada vez mais te enterra pra dentro de uma peroba sólida.
Reparou que a pancada é sempre na “cabeça”?
É a parte importante pra eles, a parte mais fácil de ser atingida, a parte visível de uma força que vem sempre imposta de cima pra baixo.
Sempre do mais forte para o mais fraco.
Do ágil ao imobilizado.
Você é atingido e cada vez mais torturado.
Aqueles que já não servem pra ser atingido na cabeça, quase sempre é porque já não tem mais a cabeça e geralmente o corpo já está torto ou enferrujado.
Estes são descartados, deixados de lado pra que o tempo que se encarregue do resto.
Há vários tipos de martelo, e apenas um único tipo de prego, na verdade o prego apenas varia de tamanho, mas é sempre o mesmo parasita, que parece ter nascido pra esperar a hora de sair do saco e levar a pancada na cabeça.
Os martelos mudam de lugar, muda de mão, mudam de nome...
Um dia foi chamado de escravidão, depois virou emprego, depois virou política, depois virou crediário, virou ate investimento, depois virou bolsa família, bolsa escola, vale gás, cesta básica, vale leite, vale um pedaço de pão.
Basta apenas a primeira martelada, na cabeça para que você já coloque os pés pra dentro da peroba e ali estacione a vida.
Uma vez isto feito e pronto, já está designado a permanecer dentro da peroba sem poder se quer olhar ao lado, pois está completamente imóvel e alienado.
Um martelo que se preze, sempre escolhe seus pregos, separa os enferrujados e tortos, dos brilhantes, aquecem os por alguns instantes, ate ganha-los para aplicar lhes o golpe perfeito.
Carregam-te no colo no começo, fala ao seu ouvido que você não é torto e não esta enferrujado, em outras palavras, você é o cliente deles.
É o consumidor de amanha, é o bolsista, é a reeleição.
E assim segue a vida, do prego do martelo e da peroba.
A simples matemática do opressor e do oprimido.
Cuidado sempre com a cabeça.
O corpo torto, da se um jeito.
Pra ferrugem existe a lubrificação.
Só não esqueça nunca...
“O prego que se destaca, é sempre o prego martelado”.
Se destacar é bom, mas se esquivar do martelo é ainda melhor.

sábado, 29 de agosto de 2009

Senso Comum


Senso Comum, mas não tão comum assim.

Como dizia Hobbes, “O homem é o lobo do homem”, ou ainda, Maquiavel, “ O fim Justificam os meios, talvez os dois foram mal interpretados.

Todo ser humano que se presa, um dia foi um jovem socialista.

Todo ser, tem um pouco de Che por dentro, pena que adormecido e não exercitado.

Pena que inventaram um programa de tv, onde o programam você.

Pronto, você já tem uma casa, que beleza, você já tem um carro, tem um nome, um C.P. F, um crediário. Quer mais? Pra que? Não precisa!

Já plantou uma arvore, já fez um filho, já escreveu um livro.

Agora é só morrer, olha que legal, comecei a pagar meu plano funeral.

Há, sua filha cresceu, vai casar, vai ter aquele lance de bolo e vestido de noiva.

Vai ter que chamar seu vizinho pra não ficar chato, aliás, ele te chamou quando a filha dele casou.

Seu patrão ta enriquecendo, credo você nem percebeu. Vixi fim do ano vem ai, tem imposto do carro pra pagar, e daí? Tem décimo terceiro!

Hum, verdade não vai dar pra eu ir hoje, hoje é o final da novela.

Parasita eu? O que mesmo quer dizer isso?

A Felicidade é para os ignorantes.

Quanto mais se busca, mais se aprende.

E quanto mais se aprende, mais se fica chateado.

E quando se fica chateado, você liberta o Che que há ai dentro de você.

Levante-se do sofá, mexa-se, estique seus pés, acorde mais cedo, troque a roupa de cama, pode sua arvore.

Presenteie hoje, hoje é o presente, não espere os dias das mães, o dias das crianças, o natal ou sei lá.

Talvez você se já não exista mais.

Esqueça os políticos, e lembre-se que a diferença entre eles e você, só foi à oportunidade. Você seria honesto se tivesse lá?

Você paga suas contas? Já enganou alguém?

Já quis levar vantagem alem do lucro?

Pare de chorar, pare de reclamar, já ensinou alguma criança a ler ou pelo menos a amarrar os sapatos?

Trocou a água do gato? Por vontade própria ou foi o mecanismo?

Pra que serve seu calendário? Pra ver o dia que vence o carne do baú?

Maquiavel, e nem Hobbes não quis dizer pra você matar seu amigo de trabalho pra pegar o posto dele, mas sim pra dizer pra você, expulsar as laranjas podres e escolher melhor as outras, o sumo é contaminante.

Confie em Deus, mas tranque bem o seu carro.

Agradeça-o, e faça sua parte.