sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Desemprego ?


Segue aqui, um, e porque não dizer, talvez o mais agravante dos problemas sociais.

O desemprego.

Motivo direto pela desestrutura do berço familiar.

Pois o emprego é à base da receita bruta familiar, essa embora desprovida de outros recursos esporádicos, como por exemplo, uma herança ou um prêmio da mega-sena.

(Quem dera acumulada)

Ele ainda assim, abala psicologicamente o ser humano, principalmente quando se trata do “chefe de família”, titulo este aplicado hoje em dia, tanto ao homem quanto a mulher.

Ambos têm por obrigação “moral”, ter um emprego e consequentemente um salário para o sustento da família.

A necessidade faz com que, independa a origem do salário, mas que ele venha de qualquer forma.

Aquilo que se gosta, já não é aquilo que se busca. E aquilo se busca, se te confortar, você acaba gostando. (jeitinho brasileiro).

Mas o desemprego não atinge somente, pai e mãe, e sim toda a hierarquia familiar, desde o chefe, aos subordinados filhos adolescentes, que por sua vez necessitam contribuir com suas parcelas nas despesas da casa e ainda se manterem visíveis no meio em que vive. (Ter o tênis que passa na tv, ou os óculos da mocinha da novela )

O desemprego por sua vez, encarado como problema social não deve ser confundido com a “falta de emprego”, este segundo já seria problema individual.

Pois vimos que na verdade que existe vaga, para a grande maioria, mas exige uma mão de obra qualificada.

O que rege ainda é a lei da oferta e procura a quantidade de vagas ofertadas não condizem com as qualificações dos candidatos, estas variações seguem entre: aptidão física, interesse ou desinteresse, ignorância e experiência.

A vaga existe, e o despreparo o acompanha.


quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Uma vez de cada.


Ta na hora de deixar de ser prego, pra ser uma vez martelo.

Talvez nem tanto assim, ter essa sede de ser martelo, o importante na vida é acordar e deixar ser prego.
Deixar de ser atingido e ficar mudo, ficar ali parado, esperando a outra pancada que cada vez mais te enterra pra dentro de uma peroba sólida.
Reparou que a pancada é sempre na “cabeça”?
É a parte importante pra eles, a parte mais fácil de ser atingida, a parte visível de uma força que vem sempre imposta de cima pra baixo.
Sempre do mais forte para o mais fraco.
Do ágil ao imobilizado.
Você é atingido e cada vez mais torturado.
Aqueles que já não servem pra ser atingido na cabeça, quase sempre é porque já não tem mais a cabeça e geralmente o corpo já está torto ou enferrujado.
Estes são descartados, deixados de lado pra que o tempo que se encarregue do resto.
Há vários tipos de martelo, e apenas um único tipo de prego, na verdade o prego apenas varia de tamanho, mas é sempre o mesmo parasita, que parece ter nascido pra esperar a hora de sair do saco e levar a pancada na cabeça.
Os martelos mudam de lugar, muda de mão, mudam de nome...
Um dia foi chamado de escravidão, depois virou emprego, depois virou política, depois virou crediário, virou ate investimento, depois virou bolsa família, bolsa escola, vale gás, cesta básica, vale leite, vale um pedaço de pão.
Basta apenas a primeira martelada, na cabeça para que você já coloque os pés pra dentro da peroba e ali estacione a vida.
Uma vez isto feito e pronto, já está designado a permanecer dentro da peroba sem poder se quer olhar ao lado, pois está completamente imóvel e alienado.
Um martelo que se preze, sempre escolhe seus pregos, separa os enferrujados e tortos, dos brilhantes, aquecem os por alguns instantes, ate ganha-los para aplicar lhes o golpe perfeito.
Carregam-te no colo no começo, fala ao seu ouvido que você não é torto e não esta enferrujado, em outras palavras, você é o cliente deles.
É o consumidor de amanha, é o bolsista, é a reeleição.
E assim segue a vida, do prego do martelo e da peroba.
A simples matemática do opressor e do oprimido.
Cuidado sempre com a cabeça.
O corpo torto, da se um jeito.
Pra ferrugem existe a lubrificação.
Só não esqueça nunca...
“O prego que se destaca, é sempre o prego martelado”.
Se destacar é bom, mas se esquivar do martelo é ainda melhor.